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Prioridade Crowder

Na altura da troca do Rondo para Dallas, estava longe de pensar que os Celtics iriam ser quem iria beneficiar com a troca.
Acreditava que o Rondo era a peça essencial que faltava para colocar os Mavs num patamar de candidato declarado. O encaixe na teoria seria algo que poderia dar à equipa do Dirk um motor que a equipa ainda não tinha e que era a lacuna principal, a posição de base.
Hoje, todos sabemos os retorno que o Rondo deu à equipa, e que a sua passagem foi curta e nula e estará mesmo de partida para outras paragens.
Toda esta conversa sobre o Rondo serve de enquadramento para que tal como eu disse no incio, nunca pensei ver os Celtics como a equipa mais beneficiada com esta troca.
Justifico isto com 3 argumentos. Primeiro, após a saída do RR9 a equipa conseguiu uma campanha extraordinária que levou a nossa equipa a um lugar nos playoffs que ninguém previa ainda para mais com a perca do melhor jogador da equipa. O segundo argumento é essa mesma presença no playoff que mostrou que de facto Brad Stevens e a jovem equipa dos Celtics tem alí um bom potencial e o caminho pouco a pouco está a ir de encontro a nossa renovação e em breve estaremos novamente no topo na corrida pelos títulos. O Terceiro, que é o tema principal do post, foi a chegada do Jae Crowder.
Crowder, veio fez uma fazer uma boa progressão na equipa conseguindo mesmo tornar-se numa das principais figuras no Pós-Rondo. JC99 mostrou bons argumentos defensivos e a sua atitude guerreira em campo não passou ao lados dos adeptos de Boston que o vê como um jogador à Celtics. Um jogador que se converteu rapidamente à Celtic Pride e prova disso foi os vários comentários no Twitter e inclusive pediu desculpas directamente aos fãs em situação de derrotas e prometeu dar tudo no jogo seguinte para “Vingar” o orgulho Celtic.
Voltando ao campo, Crowder participou em 57 jogos pelo Celtics, registando uma média de 9.5 pontos, 4.6 ressaltos.
Acho que a sua renovação é uma das prioridades para este verão, é um jogador que tem a identidade da equipa e que mostrou uma boa evolução e ainda nos vai ser bastante útil e que ainda terá uma margem considerável para evoluir durante a próxima temporada. Crowder é um jogador que dá energia e confiança à equipa, basta ver a sua atitude em campo.
Na minha opinião é claramente uma prioridade, Danny Ainge já deu a entender que os Celtics poderão avançar com a qualifying offer, dando-lhes o direito de igualar qualquer oferta feita pelo jogador, mas acho que o caminho não será esse. Crowder tem potencial para conseguir contributos regulares para os Celtics e pelo esforço demonstrado merece um multi-year contract e não ficaria chocado em ver uma oferta de 4-5 milhões por ano, especialmente com o teto salarial em vias de crescer o que não irá afectar a nossa margem para atacar Free Agents.
Vamos esperar pelo desfecho final.

Uncle Drew Saga – Playoffs Jogo 1

Acabou o nosso primeiro jogo nestes Playoffs 2015!
Como esperado, um jogo difícil para os Celtics com grande parte da nossa equipa sem experiência de playoffs.
Os Celtics entraram bastante bem no primeiro período, registando uma percentagem de lançamento de 57% que justificou a liderança por 31-27 no final do mesmo. Kelly Olynyk saltou do banco para conseguir 10 pontos nesse período e com o apoio do também inspirado Isaiah Thomas mostraram uma entrada confiante da nossa equipa no jogo.
 A partir dai os Cavs começaram a descolar, muito por culta de um senhor chamado Kyrie Irving que teve uma noite de estreia nos Playoffs que parecia já ter muitas rotinas disto com uns fantásticos 30 pontos no final do jogo.
Os espaços concedidos durante toda a partida a jogadores como JR Smith ou Kevin Love certamente também não ajudaram, e juntar a isso dois buzzer beaters no final do segundo e terceiro período fizeram abanar a moral de uma equipa na busca de encurtar o marcador da partida.
O nosso banco foi o grande responsável por conseguir manter os Celtics em jogo quando a equipa se encontrava aflita. A rotação da equipa garantiu 55 pontos, liderados pelo double-double de 22 pontos e 10 assistências de Isaiah Thomas.
Gostei da exibição de Isaiah Thomas mas o double-double de 22 pontos e 10 assistências não conseguiu complementar o conhecido défice defensivo. O grande azarado da noite na equipa foi mesmo Avery Bradley que terminou o jogo com apenas 7 pontos fruto de um pobre registo de 3 em 10 lançamentos.
Bradley tem sido um jogador bastante consistente para Boston nesta temporada, mas ter um endiabrado Irving pela frente torna qualquer tarefa mais complicada para abrandar as suas investidas e acabou por se reflectir na zona atacante.
Quem também teve uma noite difícil foi Tyler Zeller que acabou por sofrer bastante diante Timofey Mozgov dentro do Paint. Continua a estar bem visível a nossa fraqueza na protecção do cesto. Mozgov  juntamente com Tristan Thompson destruíram a nossa defesa interior e com Kyrie Irving a abusar constantemente das penetrações demonstraram as dificuldades que vamos ter nesta serie e nem vamos falar em nomes como Lebron ou Kevin Love.

Vamos agora aguardar pela resposta que o Brad Stevens irá preparar para a partida de terça-feira e continuar a acreditar na irreverência e no sangue jovem da nossa equipa e esperar a ansiada primeira vitoria na serie.

Os Celtas mais ferrenhos (como eu) não levem a peito este post ser mais negativo para as nossas cores, mas de facto temos uma equipa inexperiente nestas andanças e todos estes pontos negativos será o que de bom vamos retirar desta serie dura. Aprender com os erros é sempre uma boa pratica e para os nossos jovens jogadores estas coças em campo será uma aprendizagem de playoffs e de jogo ao mais alto nível que os tornará mais fortes nos anos que ai vem.

GO CELTICS!

A Época de Stevens

Depois da derrota dos Nets ontem frente aos Bulls, garantimos a nossa presença nos playoffs.
Stevens é o obreiro desta excelente temporada, que no inicio de poucos ou ninguém nos colocariam nestas andanças e ele merece o total crédito pelo desempenho dos Celtics até aqui.
Brad Stevens enfrentou uma autentica tempestade de mudanças no roster, com um entra e sai de jogadores e mesmo assim conseguiu manter a qualidade exibicional da equipa. As movimentações durante a temporada levaram-nos grandes nomes como Rondo ou Jeff Green mas permitiu-nos mostrar o talento que já tínhamos dentro de portas elevando o nível das performances de nomes como Smart, Bradley, Sullinger, Olynyk ou Zeller e permitiu ainda a entrada de nomes que viriam a dar muito que falar, como os casos de Crowder e Thomas.
Quando inicialmente tudo em Boston apontava para uma época low-performance de forma a garantir um bom posicionamento na lotaria do draft, Brad Stevens foi capaz de arrastar esta equipa para uma vaga nos playoffs. Enfrentou as contrariedades de não ter um  rim protector, garantiu minutos regulares a Jonas Jerebko e Kelly Olynyk tornou-se uma peça chave ao qual se junta um Jae Crowder enorme em campo e que fora de campo que encarnou na perfeição o espírito e mística da nossa equipa.
Na segunda temporada na NBA, Stevens consegue colocar os celtics para 52ª vez na história da franquia nos playoffs e justifica a aposta calculada de Danny Ainge de que temos de facto aqui um treinador de enorme potencial e com um futuro promissor nos Celtics. Não é por acaso que é um dos nomes falados para coach of the year apesar de partir atrás de nomes mais em voga como Mike Budenholzer ou Steve Kerr, mas mostrou com esta conquista ter argumentos mais que suficientes para “limpar” o prémio.
Estou claramente ciente das dificuldades que vamos enfrentar nos Playoffs, mas estando lá estamos na luta e há que acreditar e tenho a crença de que poderemos causar alguns susto nesta primeira ronda. Como é óbvio eu preferia apanhar os Hawks nesta primeira ronda, que como já disse num episódio recente doTriplo Duplo tenho a fé de que enfrentando Atlanta podemos surpreender e chegar até as semi finais.
Vamos todos torcer pela nossa equipa que fez de facto uma temporada brilhante e esperar que Brad Stevens depois desta excelente conquista consiga elevar ainda mais esta jovem e talentosa equipa, mas por tudo o que foi feito até aqui todos os fans dos Celtics estão certamente bastante orgulhosos!
Go Celtics!!

Celtics no March Madness – Marcus Smart

Chegamos ao final desta rubrica “Celtics no March Madness”.
Marcus Smart, nossa promissora escolha do ultimo draft teve uma curta passagem na competição.
A equipa de Oklahoma State caiu logo na primeira ronda frente a Gonzaga por 85-77.
Marcus Smart, era a estrela da equipa de Oklahoma City, e não foi por falta da sua inspiração que a equipa saiu derrotada. O nosso actual camisola 36, apontou 23 pontos, 13 ressaltos, e 7 assistências e 6 roubos de bola na partida.
Smart apresentava como ponto forte do seu jogo a sua capacidade atlética e jogo físico, no entanto o seu lançamento no perímetro era algo a melhorar.
O  assistant coach de Oklahoma State, Chris Ferguson, destacava o jovem base como um lider nato, dentro e fora de campo.
Natural de Flower Mound, no Texas, Marcus Smart acabou por ser draftado na 6 pick do draft de 2014 onde era o PG mais cotado juntamente com o Australiano Dante Exum. Desde logo surgira os rumores de que Smart seria o PG para o futuro e o sucessor do lugar ocupado por Rojan Rondo que desta forma era espectável a sua saída para outras paragens, algo que acabou mesmo por se vir a confirmar.
Estou bastante confiante no impacto que o Smart pode ter no futuro da nossa equipa e principalmente por ele ser identificado como um líder nato, é algo que acho importantíssimo numa equipa e com a saida de Rondo nós necessitamos de um jogador que seja um líder ao nível de outros que já deixaram a sua marca no TD Garden. Vamos aguardar os sucessos que Marcus Smart nos vai ainda trazer.